POSSO GARANTIR que não fui eu que redigi o discurso de Cavaco Silva, esse que foi lido na cerimónia do 10 de Junho e em que o adjectivo insustentável ficou nos ouvidos dos portugueses. No entanto, tenho de reconhecer que a súmula das palavras proferidas coincide com a generalidade da opinião que tem sido expressa neste meu blogue e em que o desconsolo que não escondo serve de base à maioria das opiniões que apresento.
A coesão nacional que o Presidente em exercício pede aos portugueses, todos eles mas, sobretudo, aos políticos em exercício, relegando para segundo plano as quezílias que só poderão ter lugar em alturas que não sejam de enormes dificuldades de toda as espécies que defrontamos em Portugal neste momento, essa necessidade fulcral que, sem ser devidamente atendida, pode levar-nos, ainda mais depressa, para um afundamento de dimensões imprevisíveis, tem sido objecto de avisos que aqui deixo com frequência, mas que, infelizmente, não são assim tão bem atendidos como é tão essencial.
Se entre os diferentes partidos políticos, é natural que os seus objectivos não coincidam e que, por tal, os modos de proceder politicamente não se aproximem, manda, no entanto, a prudência e a perseveração de uma certa acalmia para não aumentar as dificuldades que se proceda a uma retirada da luta sem quartel que, até noutras circunstâncias, merece o maior respeito democrático e dá mesmo uma certa movimentação curiosa. Também, no campo das organizações sindicais, as greves, marchas populares, manifestações que se justificam noutras alturas, actualmente só contribuem para piorar o panorama e, mais do que isso, não solucionam nenhum problema.
Por outro lado, esforçarem-se os responsáveis pela busca de soluções para Portugal em prestar todas as explicações aos cidadãos, sobretudo em linguagem facilmente entendível por todos – coisa que os membros da governação não dão mostras de saber fazer -, não devendo deixar nada por explicar, pois se se pedem sacrifícios é fundamental que se justifique a razão de tais duras medidas.
Tudo isto ando eu, neste blogue, há já bastante tempo a clamar, se bem que não verifique, por parte de quem tem obrigação de seguir uma linha transparente de governar, em vez de dizer e de desdizer, de baralhar as cabeças dos portugueses com informações falsas da situação que nos rodeia e da que está em vias de aparecer, como é o que tem feito o primeiro-ministro, que esse, também graças às dificuldades em ser substituído – as mesmas que recomendam paciência na perspectiva actual -, se deve conservar no sossego do seu gabinete de S. Bento. A seu tempo se terá de actuar.
Pois, se nunca usei a palavra “insustentável”, em relação ao estado em que Cavaco Silva classificou o estado do nosso País, no cômputo geral não escondo a minha enorme preocupação em assistir à avalanche de problemas graves por que estamos envolvidos.
Mas, já agora, ainda que sejam muitas as situações de que não conseguimos libertar-nos, será o desemprego dos portugueses que tem de afligir mais todos nós deste País. É evidente que se trata de uma cadeia de males que têm o seu início na deficiente produção que conseguimos alcançar. É isso e foi sempre esse factor o que nos colocou numa escala ínfima para podermos, no mínimo, equilibrar a balança de pagamentos, sendo bastante mais o que importamos do que o que vendemos ao estrangeiro. E esse sector nunca mereceu a atenção dos que nos governam, ao ponto de podermos atender às restantes falhas no nosso País que, neste panorama económico, financeiro e social de todo o mundo, nos proporcionam ficarmos classificados como Cavaco Silva encontrou no seu discurso: de “insustentável”!...
Mas se, José Sócrates, surgiu logo a seguir a considerar exagerada tal expressão, pois que arranje então ele, dentro do nosso rico vocabulário, a que entende ser a apropriada. Só para nós ficarmos a saber!
A coesão nacional que o Presidente em exercício pede aos portugueses, todos eles mas, sobretudo, aos políticos em exercício, relegando para segundo plano as quezílias que só poderão ter lugar em alturas que não sejam de enormes dificuldades de toda as espécies que defrontamos em Portugal neste momento, essa necessidade fulcral que, sem ser devidamente atendida, pode levar-nos, ainda mais depressa, para um afundamento de dimensões imprevisíveis, tem sido objecto de avisos que aqui deixo com frequência, mas que, infelizmente, não são assim tão bem atendidos como é tão essencial.
Se entre os diferentes partidos políticos, é natural que os seus objectivos não coincidam e que, por tal, os modos de proceder politicamente não se aproximem, manda, no entanto, a prudência e a perseveração de uma certa acalmia para não aumentar as dificuldades que se proceda a uma retirada da luta sem quartel que, até noutras circunstâncias, merece o maior respeito democrático e dá mesmo uma certa movimentação curiosa. Também, no campo das organizações sindicais, as greves, marchas populares, manifestações que se justificam noutras alturas, actualmente só contribuem para piorar o panorama e, mais do que isso, não solucionam nenhum problema.
Por outro lado, esforçarem-se os responsáveis pela busca de soluções para Portugal em prestar todas as explicações aos cidadãos, sobretudo em linguagem facilmente entendível por todos – coisa que os membros da governação não dão mostras de saber fazer -, não devendo deixar nada por explicar, pois se se pedem sacrifícios é fundamental que se justifique a razão de tais duras medidas.
Tudo isto ando eu, neste blogue, há já bastante tempo a clamar, se bem que não verifique, por parte de quem tem obrigação de seguir uma linha transparente de governar, em vez de dizer e de desdizer, de baralhar as cabeças dos portugueses com informações falsas da situação que nos rodeia e da que está em vias de aparecer, como é o que tem feito o primeiro-ministro, que esse, também graças às dificuldades em ser substituído – as mesmas que recomendam paciência na perspectiva actual -, se deve conservar no sossego do seu gabinete de S. Bento. A seu tempo se terá de actuar.
Pois, se nunca usei a palavra “insustentável”, em relação ao estado em que Cavaco Silva classificou o estado do nosso País, no cômputo geral não escondo a minha enorme preocupação em assistir à avalanche de problemas graves por que estamos envolvidos.
Mas, já agora, ainda que sejam muitas as situações de que não conseguimos libertar-nos, será o desemprego dos portugueses que tem de afligir mais todos nós deste País. É evidente que se trata de uma cadeia de males que têm o seu início na deficiente produção que conseguimos alcançar. É isso e foi sempre esse factor o que nos colocou numa escala ínfima para podermos, no mínimo, equilibrar a balança de pagamentos, sendo bastante mais o que importamos do que o que vendemos ao estrangeiro. E esse sector nunca mereceu a atenção dos que nos governam, ao ponto de podermos atender às restantes falhas no nosso País que, neste panorama económico, financeiro e social de todo o mundo, nos proporcionam ficarmos classificados como Cavaco Silva encontrou no seu discurso: de “insustentável”!...
Mas se, José Sócrates, surgiu logo a seguir a considerar exagerada tal expressão, pois que arranje então ele, dentro do nosso rico vocabulário, a que entende ser a apropriada. Só para nós ficarmos a saber!
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