É VERDADE que alguns de nós nos queixamos do mau caminho que os governantes (e não só) que temos por cá têm obrigado Portugal a seguir um mau caminho, sendo que as razões de queixa aumentam consecutivamente, fruto de uma enorme falta de imaginação, de competência e, (por que não?), de sentido de responsabilidade de que não se podem os mesmos eximir. Mas, afinal, aquilo que tem ocorrido ultimamente por essa Europa Comunitária, em que gente que não tem nada que ver com as características lusitanas, tem conduzido o conjunto de países que aderiram ao Grupo para um perigoso fosso, que está mais próximo do fim dos intentos da sua criação do que no fortalecimento das amarras que nos ligam e que sempre tiveram o objectivo de se fortalecerem, tal liderança assumida por uns tantos só têm dado provas de uma enorme mediocridade – para usar a expressão escolhida ainda recentemente por Mário Soares -, não pode ser considerada como exemplar e essa situação, não nos alegrando, pelo menos sempre desculpa alguma coisa aquilo que fazemos com deficiência no interior das nossas fronteiras.
A comemoração dos 25 anos da adesão do nosso País e de Espanha à então Comunidade Económica Europeia deu motivo a Durão Barroso (de que se compreenda a sua posição de defesa do seu lugar) para tentar criar uma auréola de desculpa de tais erros, baseando esse facto na “diferença de lideranças” em que, atacando os a que chamou de “pessimistas intelectuais”, acentuou que a “Europa está mais avançada, mas não se pode dizer que está melhor ou pior”.
E é por aqui que não será de estranhar que existam tantas diferenças de visões quanto ao futuro deste importante agrupamento que, isso sim, tem dado mostras claras da dificuldade em criar um “novo modelo europeu”, em que, para além do fundo monetário que já se possui, falta um governo económico e, acima disso, um governo político, como disse, na mesma altura da comemoração nos Jerónimos, o antigo primeiro-ministro espanhol Filipe Gonzalez. Por seu lado, como era de esperar, José Sócrates mostrou “estar muito confiante na integração política”, acrescentando, no seu estilo, que “tenho a certeza que a Europa interpretará a crise como uma necessidade imperiosa de avançar”.
Aproveitando a ocasião, quatro banqueiros portugueses vão reunir-se, na próxima semana, em Bruxelas, com o Comissário Europeu dos Serviços Financeiros, para darem a conhecer as dificuldades que as entidades bancárias nacionais atravessam nesta altura, prevendo-se que 2012 venha a ser um ano muito problemático, com o aumento da recessão e, portanto, também do desemprego, mas, não se pode esperar que essa deslocação tenha em vista uma melhoria das condições de vida no nosso País, mas, acima de tudo, ser conseguido um aumento da ponderação de risco dado às hipotecas nos empréstimos às habitações (agora de 35% e que se prevê passar a 50%). Justifica-se que duvidemos que a apetência que venha de novo a ser criada nos casais para se meterem em dívidas com a compra de andares, essa repetição de um erro que conduziu ao elevado número de famílias penduradas com hipotecas do que não conseguem liquidar, servirá para aliviar o bem estar dos portugueses.
Será, no entanto, caso para um moderado optimismo o facto da chanceler alemã Ângela Merkel ser favorável à criação de um Fundo Monetário Europeu, tão necessário para, em vez do FMI, acudir às necessidades dos países do nosso Continente, integrados na Comunidade, sugestão esta que, ao contrário do que seria de esperar, não tem sido uma ideia muito aplaudida pelos responsáveis dos diferentes parceiros. Pelo menos neste caso, não se pode acusar a governante alemã de dar mostras de excessivo egoísmo nacionalista.
Nós, situados nesta ponta, ainda que possamos contar com a solidariedade possível dos nossos vizinhos espanhóis, só nos resta aguardar pelo seguimento que tiver a Europa de que ambos dependemosE ainda há quem seja partidário de sairmos do Grupo e de voltarmos ao antigo Escudo!... Se isso nos sucedesse, então o que poderíamos era apenas chorar sozinhos e voltar aos dez tostõe
A comemoração dos 25 anos da adesão do nosso País e de Espanha à então Comunidade Económica Europeia deu motivo a Durão Barroso (de que se compreenda a sua posição de defesa do seu lugar) para tentar criar uma auréola de desculpa de tais erros, baseando esse facto na “diferença de lideranças” em que, atacando os a que chamou de “pessimistas intelectuais”, acentuou que a “Europa está mais avançada, mas não se pode dizer que está melhor ou pior”.
E é por aqui que não será de estranhar que existam tantas diferenças de visões quanto ao futuro deste importante agrupamento que, isso sim, tem dado mostras claras da dificuldade em criar um “novo modelo europeu”, em que, para além do fundo monetário que já se possui, falta um governo económico e, acima disso, um governo político, como disse, na mesma altura da comemoração nos Jerónimos, o antigo primeiro-ministro espanhol Filipe Gonzalez. Por seu lado, como era de esperar, José Sócrates mostrou “estar muito confiante na integração política”, acrescentando, no seu estilo, que “tenho a certeza que a Europa interpretará a crise como uma necessidade imperiosa de avançar”.
Aproveitando a ocasião, quatro banqueiros portugueses vão reunir-se, na próxima semana, em Bruxelas, com o Comissário Europeu dos Serviços Financeiros, para darem a conhecer as dificuldades que as entidades bancárias nacionais atravessam nesta altura, prevendo-se que 2012 venha a ser um ano muito problemático, com o aumento da recessão e, portanto, também do desemprego, mas, não se pode esperar que essa deslocação tenha em vista uma melhoria das condições de vida no nosso País, mas, acima de tudo, ser conseguido um aumento da ponderação de risco dado às hipotecas nos empréstimos às habitações (agora de 35% e que se prevê passar a 50%). Justifica-se que duvidemos que a apetência que venha de novo a ser criada nos casais para se meterem em dívidas com a compra de andares, essa repetição de um erro que conduziu ao elevado número de famílias penduradas com hipotecas do que não conseguem liquidar, servirá para aliviar o bem estar dos portugueses.
Será, no entanto, caso para um moderado optimismo o facto da chanceler alemã Ângela Merkel ser favorável à criação de um Fundo Monetário Europeu, tão necessário para, em vez do FMI, acudir às necessidades dos países do nosso Continente, integrados na Comunidade, sugestão esta que, ao contrário do que seria de esperar, não tem sido uma ideia muito aplaudida pelos responsáveis dos diferentes parceiros. Pelo menos neste caso, não se pode acusar a governante alemã de dar mostras de excessivo egoísmo nacionalista.
Nós, situados nesta ponta, ainda que possamos contar com a solidariedade possível dos nossos vizinhos espanhóis, só nos resta aguardar pelo seguimento que tiver a Europa de que ambos dependemosE ainda há quem seja partidário de sairmos do Grupo e de voltarmos ao antigo Escudo!... Se isso nos sucedesse, então o que poderíamos era apenas chorar sozinhos e voltar aos dez tostõe
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