
A AUDIÇÃO que ocorreu ontem, com Manuela Moura Guedes, a tão falada “locutora” – desculpem-me, mas é assim que eu ainda classifico os intervenientes das notícias nas televisões -, em que foi-lhe dada a palavra para esclarecer quanto aos diversos temas que lhe foram apresentadas pelos representantes partidários na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura (que nome mais estranho!) e em que lhe foi dado tempo para se explicar com clareza, devo confessar que esse acto me provocou o maior fastio e enorme convicção de que, quer de um lado quer do outro, de quem pergunta e de quem responde, o sentido de utilidade em esclarecer andou muito longe de um objectivo que deveria estar sempre presente nessa mesma Comissão.
As perguntas feitas, longas, mastigadas, empasteladas, não transmitiram aos espectadores, portanto aos portugueses, uma preocupação em aclarar o que andará confuso na cabeças dos interessados em conhecer o que ocorre cá pelo País e, em vias disso, pôr ponto final nas barafundas que se verificam na governação, sobretudo no que diz respeito ao tema do “Jornal de Sexta-feira”, em que Manuela Moura Guedes foi a protagonista de todo o “drama” ocorrido e que meteu também os espanhóis da Prisa no capítulo da interferência nas acções tomadas quanto à mudança de atitude nas notícias que aquela estação televisiva, a TVI, transmitia.
Mas, no que se refere às resposta dadas por Manuela Moura Guedes, também elas se situaram no campo da confusão e do recalcamento das mesmas expressões, da repetição do antes dito, da introdução de casos que nada tinham a ver com o assunto que ali era preciso deixar esclarecido. Foi um enfastiamento que, sobretudo para os mais atentos e muito interessados em tirar dúvidas, entristeceu bastante, dando prova de que há, entre mesmo gente que tem obrigação de ser clara, até pela profissão que exercem, não se verifica a simplicidade de expressão e, antes pelo contrário, o que ocorre é uma dificuldade bem visível de utilizar a nossa língua, com vocábulos apropriados e deixando de lado os “embrulhos”, agora tanto na moda, que só castigam os ouvidos de quem pretende ser esclarecido.
Eu, por mim, só posso acrescentar o que já disse na altura própria: os jornalistas de agora, os que não tiveram ocasião de aprender antes com verdadeiros mestres da profissão – o que aconteceu comigo com o grande professor que foi Norberto Lopes, que me disse em diferentes ocasiões que “os jornalistas quando entrevistam não expressam a sua opinião, por mais em desacordo que estejam com os entrevistados, nem comentam, apenas colocam as questões e podem complicar com novas perguntas para tentar conseguir o maior esclarecimento possível” -, essa classe de jornalismo não entende hoje que este princípio não pode nem deve ser violado. E com isto digo tudo!
Claro que José Sócrates merece e precisa de ser apontado e criticado abertamente. É um princípio da Democracia. Para isso existem os comentadores, os editoriais e outros modos de expressar opiniões. Mas nunca em entrevistas.
Só que hoje, infelizmente, os profissionais dessa difícil actividade, o que pretendem é salientar-se e pôr-se em bicos de pés. Eu, como sou do tempo em que os nomes dos profissionais dos jornais, das rádios e depois televisões, nem sequer eram conhecidos, reajo mal a quem desconhece este princípio. E, no caso de Manuela Moura Guedes, não posso concordar com a sua actuação como “jornalista”, o que não quer dizer que esteja de acordo com o comportamentoJosé Sócrates. Isso é que não!
As perguntas feitas, longas, mastigadas, empasteladas, não transmitiram aos espectadores, portanto aos portugueses, uma preocupação em aclarar o que andará confuso na cabeças dos interessados em conhecer o que ocorre cá pelo País e, em vias disso, pôr ponto final nas barafundas que se verificam na governação, sobretudo no que diz respeito ao tema do “Jornal de Sexta-feira”, em que Manuela Moura Guedes foi a protagonista de todo o “drama” ocorrido e que meteu também os espanhóis da Prisa no capítulo da interferência nas acções tomadas quanto à mudança de atitude nas notícias que aquela estação televisiva, a TVI, transmitia.
Mas, no que se refere às resposta dadas por Manuela Moura Guedes, também elas se situaram no campo da confusão e do recalcamento das mesmas expressões, da repetição do antes dito, da introdução de casos que nada tinham a ver com o assunto que ali era preciso deixar esclarecido. Foi um enfastiamento que, sobretudo para os mais atentos e muito interessados em tirar dúvidas, entristeceu bastante, dando prova de que há, entre mesmo gente que tem obrigação de ser clara, até pela profissão que exercem, não se verifica a simplicidade de expressão e, antes pelo contrário, o que ocorre é uma dificuldade bem visível de utilizar a nossa língua, com vocábulos apropriados e deixando de lado os “embrulhos”, agora tanto na moda, que só castigam os ouvidos de quem pretende ser esclarecido.
Eu, por mim, só posso acrescentar o que já disse na altura própria: os jornalistas de agora, os que não tiveram ocasião de aprender antes com verdadeiros mestres da profissão – o que aconteceu comigo com o grande professor que foi Norberto Lopes, que me disse em diferentes ocasiões que “os jornalistas quando entrevistam não expressam a sua opinião, por mais em desacordo que estejam com os entrevistados, nem comentam, apenas colocam as questões e podem complicar com novas perguntas para tentar conseguir o maior esclarecimento possível” -, essa classe de jornalismo não entende hoje que este princípio não pode nem deve ser violado. E com isto digo tudo!
Claro que José Sócrates merece e precisa de ser apontado e criticado abertamente. É um princípio da Democracia. Para isso existem os comentadores, os editoriais e outros modos de expressar opiniões. Mas nunca em entrevistas.
Só que hoje, infelizmente, os profissionais dessa difícil actividade, o que pretendem é salientar-se e pôr-se em bicos de pés. Eu, como sou do tempo em que os nomes dos profissionais dos jornais, das rádios e depois televisões, nem sequer eram conhecidos, reajo mal a quem desconhece este princípio. E, no caso de Manuela Moura Guedes, não posso concordar com a sua actuação como “jornalista”, o que não quer dizer que esteja de acordo com o comportamentoJosé Sócrates. Isso é que não!
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