Quem sou eu ? Pergunto todos os dias
que faço aqui, que posso acrescentar
Que ganha a terra e que bem pr’ó mar
Com o que são as minha energias?
Se nada trago, se sou só mais um
Apenas números faço mover
Teria valido a pena nascer?
Digo que não como homem comum
Se queria saber mais e não sei
Se gostava ter um dom e não tenho
Se para muito me falta o engenho
Pr’a quê acabar o que comecei
Só vejo em mim algo de perfeito
Que não adianta mas não atrasa
Que não tem nada de golpe de asa
Mas, isso sim, não esconde o defeito
A coragem de dizer o que sinto
De expressar o que me vai na alma
De ser tão sincero, o que me acalma
Mas pelo menos não dizem que minto
Se na pintura me atrevo tanto
E a escrever vou por mares revoltos
Embrenhando-me nos versos bem soltos
Assim vou ao encontro do quebranto
Mas não, porque é a música que falta
Porque é a harmonia dos sons
E a delícia encantada dos tons
Que é do resto o que mais me exalta
Trocava tudo pela melodia
E deixava de lado a pintura
A música, essa sim, quando é pura
É também ela grande poesia
Mas, se tivesse andado em sinfonia
Em vez de me arrastar pela escrita
Como pela pintura, que desdita,
A vida me traria outra harmonia
Mas como não atingi tal desejo
Fico-me com o que me deu a sorte
Pois o que tenho certa é a morte
E o resto só lastimo e só invejo
que faço aqui, que posso acrescentar
Que ganha a terra e que bem pr’ó mar
Com o que são as minha energias?
Se nada trago, se sou só mais um
Apenas números faço mover
Teria valido a pena nascer?
Digo que não como homem comum
Se queria saber mais e não sei
Se gostava ter um dom e não tenho
Se para muito me falta o engenho
Pr’a quê acabar o que comecei
Só vejo em mim algo de perfeito
Que não adianta mas não atrasa
Que não tem nada de golpe de asa
Mas, isso sim, não esconde o defeito
A coragem de dizer o que sinto
De expressar o que me vai na alma
De ser tão sincero, o que me acalma
Mas pelo menos não dizem que minto
Se na pintura me atrevo tanto
E a escrever vou por mares revoltos
Embrenhando-me nos versos bem soltos
Assim vou ao encontro do quebranto
Mas não, porque é a música que falta
Porque é a harmonia dos sons
E a delícia encantada dos tons
Que é do resto o que mais me exalta
Trocava tudo pela melodia
E deixava de lado a pintura
A música, essa sim, quando é pura
É também ela grande poesia
Mas, se tivesse andado em sinfonia
Em vez de me arrastar pela escrita
Como pela pintura, que desdita,
A vida me traria outra harmonia
Mas como não atingi tal desejo
Fico-me com o que me deu a sorte
Pois o que tenho certa é a morte
E o resto só lastimo e só invejo
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