Portugueses emigrantes
que partistes à deriva
estais melhor do que antes
daí a alternativa
Sem saber falar a língua
do país que te acolheu
foi mesmo sair à míngua
de quem por aí se benzeu
Chegados p’ra trabalhar
onde seja e o que seja
é preciso começar
por vezes dura peleja
Mas o espírito de luta
grande ânsia de viver
faz com que qualquer labuta
seja aceite p’ra vencer
Sacrifício, economias
e força p’ra trabalhar
sem tempo para folias
e nunca desanimar
Submissos mas contentes
respeitadores do à volta
são aceites pelas gentes
nunca expressam revolta
Trabalham mais do que todos
produzem com ambição
juntam dinheiro a rodos
p’ra regressar à Nação
Se voltam nunca se sabe
pois filhos nascem lá fora
e a decisão só cabe
no tempo exacto e na hora
Seja como for então
a pergunta sempre fica
não sendo seres de ficção
que mistério os modifica?
Porquê os que cá estão
como os outros portugueses
só sabem dizer que não
e ao trabalho poucas vezes?
Se dentro das nossas portas
fôssemos como os de fora
não havia horas mortas
nem havia que ir embora
Portugal outro seria
competindo com maiores
grande inveja causaria
sem precisar de favores
Só que quando os emigrantes
ao solo pátrio regressam
ficam logo como antes
e na moleza tropeçam
Será pois do nosso solo
ou do Sol que alumia
que não se encontra consolo
e se perde a energia?
Se não há superstições
e a verdade outra será
é porque lá fora os patrões
não são iguais aos de cá?
Que responda quem souber
e pertença aos temerosos
com sindicatos teimosos
a lutar é de temer
Fica cada um na sua
a cura é bem remota
a mudança não se nota
e o mal não se atenua
Leis do trabalho estão
fora da realidade
e sendo esta a verdade
não se verá solução
que partistes à deriva
estais melhor do que antes
daí a alternativa
Sem saber falar a língua
do país que te acolheu
foi mesmo sair à míngua
de quem por aí se benzeu
Chegados p’ra trabalhar
onde seja e o que seja
é preciso começar
por vezes dura peleja
Mas o espírito de luta
grande ânsia de viver
faz com que qualquer labuta
seja aceite p’ra vencer
Sacrifício, economias
e força p’ra trabalhar
sem tempo para folias
e nunca desanimar
Submissos mas contentes
respeitadores do à volta
são aceites pelas gentes
nunca expressam revolta
Trabalham mais do que todos
produzem com ambição
juntam dinheiro a rodos
p’ra regressar à Nação
Se voltam nunca se sabe
pois filhos nascem lá fora
e a decisão só cabe
no tempo exacto e na hora
Seja como for então
a pergunta sempre fica
não sendo seres de ficção
que mistério os modifica?
Porquê os que cá estão
como os outros portugueses
só sabem dizer que não
e ao trabalho poucas vezes?
Se dentro das nossas portas
fôssemos como os de fora
não havia horas mortas
nem havia que ir embora
Portugal outro seria
competindo com maiores
grande inveja causaria
sem precisar de favores
Só que quando os emigrantes
ao solo pátrio regressam
ficam logo como antes
e na moleza tropeçam
Será pois do nosso solo
ou do Sol que alumia
que não se encontra consolo
e se perde a energia?
Se não há superstições
e a verdade outra será
é porque lá fora os patrões
não são iguais aos de cá?
Que responda quem souber
e pertença aos temerosos
com sindicatos teimosos
a lutar é de temer
Fica cada um na sua
a cura é bem remota
a mudança não se nota
e o mal não se atenua
Leis do trabalho estão
fora da realidade
e sendo esta a verdade
não se verá solução
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