segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

COPENHAGA RESOLVE?



ARRANCA hoje em Copenhaga, na Dinamarca, a conferência levada a cabo pela ONU que tem como propósito discutir o sucessor do Protocolo de Quioto, o que definiu a redução da emissão de gases com efeito de estufa que existem na atmosfera e os quais são responsáveis pelas más condições de vida na Terra.
Não tendo sido conseguida essa diminuição de tamanha concentração de CO2, a qual surgiu em enorme profusão com a Revolução Industrial, os perigos em que o Mundo está envolvido fazem com que comecem a preocupar certas organizações internacionais, as quais, não tendo força suficiente para transmitir tal inquietação aos responsáveis governamentais de vários países, conseguiram agora movimentar milhares de pessoas que saíram na ultima semana à rua em diversas cidades europeias clamando por um acordo climático global, exigindo aos líderes mundiais o cumprimento das promessas feitas no que se refere a ser feito um protocolo climático indispensável para que o enorme perigo do aquecimento global em que vive toda a Esfera terrestre seja controlado. A presença prometida de Barak Obama no encerramento da referida Conferência prestará, sem dúvida, maior importância ao que ali ficar definido e servirá de garantia que os E.U.A., um dos países que mais contribui para a “sujidade” do Planeta, não vai deixar de ter um cuidado particular na parte que lhe cabe. Seria bom que a China seguisse esse exemplo, por ser também um poluidor de grande volume.
É fundamental que cada cidadão que ocupa o seu respectivo espaço no local onde vive tome atenção de que, se as coisas continuarem como até aqui, isto é, se individualmente não existir uma consciencialização de que o lixo que produz, a sujidade do ar que provoca, o derrube de árvores e a não criação de novos espaços verdes que substituam rapidamente o que tem vindo a ser destruído para substituição por cidades, constituindo poluições de toda a espécie, então, num espaço de tempo que não é possível determinar com rigor, mas que não virá muito longe, assistiremos ao que já hoje é uma realidade, e à subida de temperatura de uma forma geral, o que está a provocar com enorme rapidez o desfasamento dos icebergs nos pólos e a subida das águas dos oceanos que, conforme avisam os cientistas, pode vir a inundar cidades que se situem mais perto do espaço marítimo. E, neste caso, o nosso País, que se encontra banhado em seu redor pelo lindo Atlântico, será uma das parcelas da Terra que sofrerá em primeira-mão as consequências do referido aumento da altura dos mares. Lisboa, naturalmente, poderá assistir a uma espécie de repetição daquilo de que foi vítima na altura do Terramoto de 1755, em que, segundo os historiadores, as águas subiram a tal ponto que deram origem ao dito popular de “ré-vés Campo de Ourique”.
Ainda que, no caso português, a grande maioria da população seja de idade avançada, portanto liberta provavelmente do caos que poderá ocorrer dentro de alguns anos devido às enchentes, mesmo assim é sua obrigação aconselhar os mais novos a não contribuírem para que o CO2 persista em aumentar, e com o seu exemplo mostrar que alguma coisa pode e deve ser feita individualmente.
Claro que o papel principal cabe às entidades governativas que, por diferentes vias, tem poder para não deixar que a situação, nesse particular, piore em relação ao que está. Mas, poderemos nós confiar nesses homens que têm a defesa do Ambiente a seu cargo? E, a propósito, exerceu com mestria, José Sócrates, um papel de relevo quando ocupou o lugar de ministro da referida pasta?

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