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PERANTE a situação amarga que não há maneira de a vermos ser combatida com medidas eficientes, que se sabe que não são fáceis de pôr em prática já que se deixou chegar tão longe o que talvez pudesse ter sido alguma coisa aliviado, mas que, por isso mesmo, implicam agora em soluções que têm de ser bem pensadas e, melhor ainda, executadas, face a tamanho problema que nos calhou em sina enfrentar é natural que surjam, nas opiniões de vários interessados pelo problema da política, as chamadas soluções que são julgadas por cada um como tratando-se do remédio possível para curar este doente que se chama Portugal. Ainda agora, um jornal diário de existência recente publicou, na mesma edição, o que chamou de “25 propostas para recuperar o País”. E foi interessante ter tomado contacto com o que cada um entende ser a maneira de colocar Portugal fora da crise em que se encontra.
Pois bem, se me é permitido, também acrescentarei neste blogue, para juntar ao que tenho vindo a afirmar em escritos anteriores, aquilo que eu considero ser algo que tem a sua importância e que, por razões que cada um defenderá, não vi ainda expresso em pontos de vista postos à disposição da leitura. Não se trata de uma cura, mas é uma análise que tem a ver com a actuação do nosso Presidente da República.
É certo que a Constituição é bem clara quando se refere aos poderes do Chefe do Estado. E, na condução directa da política, a sua intervenção resume-se a pedir explicações ao primeiro-ministro, a emitir-lhe as suas opiniões e, através delas, a dar mostras do seu agrado ou desagrado no respeitante à governação. Só em última análise e mediante o acatamento de diversos passos intermédios é que pode recorrer ao extremo do seu poder, que é o de demitir o Executivo.
Mas, muito antes disso, Cavaco Silva, neste caso, pode e deve falar ao povo. O seu afastamento do contacto com os cidadãos não é o comportamento ideal, especialmente se a maioria da população portuguesa dá mostras de um descontentamento que começa a poder considerar-se como perigosa, por poder resvalar para posições extremistas. E tanto as de Esquerda como as do outro lado não são boas conselheiras.
O Presidente já deveria ter utilizado os meios para recomendar à população o seu dever de não perder a confiança, que as dificuldades existem realmente e que elas não são ligeiras, mas que compete aos portugueses não contribuírem para que a situação piore ainda mais. A produção só aumenta e os custos da mesma serão mais baixos se os trabalhadores cumprirem o melhor possível a sua parte e derem o contributo que lhe cabe para que as falências diminuam tanto quanto possível. Aquilo que o Governo não é capaz de expor, até porque já perdeu a credibilidade mínima para ser levado em conta e porque os seus ministros, sobretudo os que saíram, dizem e desdizem sem deixarem margem para que sejam acreditados, poderá ainda Cavaco Silva conseguir, mesmo que a sua imagem e a sua dialéctica não sejam as mais adequadas para cair em condições ideais na cabeça dos portugueses. Mas é o que temos!
O Presidente deveria informar-se bem, junto até de personalidades que não ser situam na área da governação actual, quanto ao que deveria dizer publicamente, no sentido de tentar provocar estímulo e de afastar a desconfiança que se instalou na população. Mesmo que seja obrigado a abraçar temas que sejam desagradáveis para quem se encontra no teatro político, são as verdades que têm de ser ditas, sem hesitações e sem complexos. E tudo isso, em proclamações sucessivas, não apenas numa única conversa apressada, ficando-lhe bem tentar ser escutado pela maioria dos lusitanos que, nesta altura, andam muito descorçoados com os que se situam no comando governamental, com Sócrates à cabeça., que esse já não consegue ser ouvido senão pelos seus correligionários e os mais próximos. E as palavras do Presidente também poderiam e deveriam servir para chamar a atenção das Oposições, no sentido de lhes incutir o espírito da responsabilidade e não actuarem apenas com o fito de derrubarem o Governo a todo o custo.
Porque se essa fosse a solução nesta altura!...
E, bem a propósito para que não fique um amargo de boca na leitura deste texto, ainda que tendo que expandir o espaço que costuma ter o blogue que escrevo, não quero deixar passar a ocasião sem fazer referência à entrada em vigor do Tratado de Lisboa, que foi firmado no fim de semana que passou. Aqui vieram vários chefes de Estado e primeiros-ministros de diferentes países de língua lusa e castelhana. E foram bem recebidos como é costume da nossa maneira de ser. Pelo menos isso, é algo de que temos que nos vangloriar, pois se foi daqui que saíram as caravelas que descobriram o mundo e que é preciso que, de vez em quando, recordemos às sociedades modernas do mundo que essa honra ninguém nos pode recusar. É o que nos vale nesta altura, em que não conseguimos manter esse estatuto de sermos os primeiros. Haja esperança!...
Pois bem, se me é permitido, também acrescentarei neste blogue, para juntar ao que tenho vindo a afirmar em escritos anteriores, aquilo que eu considero ser algo que tem a sua importância e que, por razões que cada um defenderá, não vi ainda expresso em pontos de vista postos à disposição da leitura. Não se trata de uma cura, mas é uma análise que tem a ver com a actuação do nosso Presidente da República.
É certo que a Constituição é bem clara quando se refere aos poderes do Chefe do Estado. E, na condução directa da política, a sua intervenção resume-se a pedir explicações ao primeiro-ministro, a emitir-lhe as suas opiniões e, através delas, a dar mostras do seu agrado ou desagrado no respeitante à governação. Só em última análise e mediante o acatamento de diversos passos intermédios é que pode recorrer ao extremo do seu poder, que é o de demitir o Executivo.
Mas, muito antes disso, Cavaco Silva, neste caso, pode e deve falar ao povo. O seu afastamento do contacto com os cidadãos não é o comportamento ideal, especialmente se a maioria da população portuguesa dá mostras de um descontentamento que começa a poder considerar-se como perigosa, por poder resvalar para posições extremistas. E tanto as de Esquerda como as do outro lado não são boas conselheiras.
O Presidente já deveria ter utilizado os meios para recomendar à população o seu dever de não perder a confiança, que as dificuldades existem realmente e que elas não são ligeiras, mas que compete aos portugueses não contribuírem para que a situação piore ainda mais. A produção só aumenta e os custos da mesma serão mais baixos se os trabalhadores cumprirem o melhor possível a sua parte e derem o contributo que lhe cabe para que as falências diminuam tanto quanto possível. Aquilo que o Governo não é capaz de expor, até porque já perdeu a credibilidade mínima para ser levado em conta e porque os seus ministros, sobretudo os que saíram, dizem e desdizem sem deixarem margem para que sejam acreditados, poderá ainda Cavaco Silva conseguir, mesmo que a sua imagem e a sua dialéctica não sejam as mais adequadas para cair em condições ideais na cabeça dos portugueses. Mas é o que temos!
O Presidente deveria informar-se bem, junto até de personalidades que não ser situam na área da governação actual, quanto ao que deveria dizer publicamente, no sentido de tentar provocar estímulo e de afastar a desconfiança que se instalou na população. Mesmo que seja obrigado a abraçar temas que sejam desagradáveis para quem se encontra no teatro político, são as verdades que têm de ser ditas, sem hesitações e sem complexos. E tudo isso, em proclamações sucessivas, não apenas numa única conversa apressada, ficando-lhe bem tentar ser escutado pela maioria dos lusitanos que, nesta altura, andam muito descorçoados com os que se situam no comando governamental, com Sócrates à cabeça., que esse já não consegue ser ouvido senão pelos seus correligionários e os mais próximos. E as palavras do Presidente também poderiam e deveriam servir para chamar a atenção das Oposições, no sentido de lhes incutir o espírito da responsabilidade e não actuarem apenas com o fito de derrubarem o Governo a todo o custo.
Porque se essa fosse a solução nesta altura!...
E, bem a propósito para que não fique um amargo de boca na leitura deste texto, ainda que tendo que expandir o espaço que costuma ter o blogue que escrevo, não quero deixar passar a ocasião sem fazer referência à entrada em vigor do Tratado de Lisboa, que foi firmado no fim de semana que passou. Aqui vieram vários chefes de Estado e primeiros-ministros de diferentes países de língua lusa e castelhana. E foram bem recebidos como é costume da nossa maneira de ser. Pelo menos isso, é algo de que temos que nos vangloriar, pois se foi daqui que saíram as caravelas que descobriram o mundo e que é preciso que, de vez em quando, recordemos às sociedades modernas do mundo que essa honra ninguém nos pode recusar. É o que nos vale nesta altura, em que não conseguimos manter esse estatuto de sermos os primeiros. Haja esperança!...
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