Não deve haver outro igual
por esse mundo de Cristo
é nascido em Portugal
não há nada como isto
bem diferente
e é gente
Tudo que faz sem rigor
é preciso é ficar feito
ao princípio no frescor
quer usar todo o preceito
eu não sou
aí não estou
Mas no decorrer da obra
os defeitos aparecem
tempo afinal não sobra
complicações aborrecem
não é meu o engano
é de qualquer outro magano
Enquanto os meticulosos
perdem tempo a estudar
e querem ser rigorosos
o luso é de desenrascar
é preciso é ficar feito
sair de qualquer jeito
por esse mundo de Cristo
é nascido em Portugal
não há nada como isto
bem diferente
e é gente
Tudo que faz sem rigor
é preciso é ficar feito
ao princípio no frescor
quer usar todo o preceito
eu não sou
aí não estou
Mas no decorrer da obra
os defeitos aparecem
tempo afinal não sobra
complicações aborrecem
não é meu o engano
é de qualquer outro magano
Enquanto os meticulosos
perdem tempo a estudar
e querem ser rigorosos
o luso é de desenrascar
é preciso é ficar feito
sair de qualquer jeito
Nada é um problema
quando muito é um fado
há que encontrar um esquema
ele virá de algum lado
a vida é a madressilva
do bom português da silva
Enquanto houver por cá um
com outro, um seu igual
tudo isto é um fartum
que forma o Portugal
com todos estes fulanos
vivemos há longos anos
Querem mudar o País
igualá-lo ao de lá fora
mas p’ra se ser aprendiz
falta querer e demora
dos outros temos inveja
mas vontade não sobeja
Lá simpatia não falta
consolar outros do mal
perguntar pela malta
e o cumprimento formal
tendo na mão telefone
não há quem o abandone
Bem custam as despedidas
dizer adeus muito tarda
há sempre coisas esquecidas
porque falar é à barda
recado dá-se depressa
despedir essa é que é essa!
Os horários p’ra cumprir
é coisa que bem molesta
não há horas p’ra sair
mas p’ra entrar vem da festa
O relógio, que chatice
Segui-lo é uma tolice
O perfeito português
desses da antiga escola
p’ra entrar na sua vez
deixa os outros com cachola
passar à frente é lei
costume de toda a grei
A pé ou no seu carrinho
sem poder ultrapassar
até insulta o vizinho
p’ra ser primeiro a chegar
p’ra quê não se sabe bem
pois tem de esperar alguém
Lusitano é só defeitos?
Mas quem tal asneira disse?
Também tem os seus proveitos
usa sua doutorice
porque não faltam doutores
mesmo sendo só rumores
Cada um por esse mundo
tem suas debilidades
mas bem visto lá no fundo
descobrem-se habilidades
e os defeitos também
afinal quem os não tem?
Só que aqui, o País
mesmo sem ser ideal
podia ser mais feliz
mostrar outro Portugal
com gente hábil capaz
de mostrar ser eficaz
Há, porém que aceitar
o que deixou tal Henrique
se não se puder mudar
pois que seja e que fique
Até que mostre o futuro
sendo derrubado o muro
e que um Portugal diferente
honre o antigamente
das descobertas, enfim
que a essas dizemos sim
quando muito é um fado
há que encontrar um esquema
ele virá de algum lado
a vida é a madressilva
do bom português da silva
Enquanto houver por cá um
com outro, um seu igual
tudo isto é um fartum
que forma o Portugal
com todos estes fulanos
vivemos há longos anos
Querem mudar o País
igualá-lo ao de lá fora
mas p’ra se ser aprendiz
falta querer e demora
dos outros temos inveja
mas vontade não sobeja
Lá simpatia não falta
consolar outros do mal
perguntar pela malta
e o cumprimento formal
tendo na mão telefone
não há quem o abandone
Bem custam as despedidas
dizer adeus muito tarda
há sempre coisas esquecidas
porque falar é à barda
recado dá-se depressa
despedir essa é que é essa!
Os horários p’ra cumprir
é coisa que bem molesta
não há horas p’ra sair
mas p’ra entrar vem da festa
O relógio, que chatice
Segui-lo é uma tolice
O perfeito português
desses da antiga escola
p’ra entrar na sua vez
deixa os outros com cachola
passar à frente é lei
costume de toda a grei
A pé ou no seu carrinho
sem poder ultrapassar
até insulta o vizinho
p’ra ser primeiro a chegar
p’ra quê não se sabe bem
pois tem de esperar alguém
Lusitano é só defeitos?
Mas quem tal asneira disse?
Também tem os seus proveitos
usa sua doutorice
porque não faltam doutores
mesmo sendo só rumores
Cada um por esse mundo
tem suas debilidades
mas bem visto lá no fundo
descobrem-se habilidades
e os defeitos também
afinal quem os não tem?
Só que aqui, o País
mesmo sem ser ideal
podia ser mais feliz
mostrar outro Portugal
com gente hábil capaz
de mostrar ser eficaz
Há, porém que aceitar
o que deixou tal Henrique
se não se puder mudar
pois que seja e que fique
Até que mostre o futuro
sendo derrubado o muro
e que um Portugal diferente
honre o antigamente
das descobertas, enfim
que a essas dizemos sim
Sem comentários:
Enviar um comentário