segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MARCELO DISSE...



Se Marcelo disse, então está dito! Isto para repetir uma fase de um cronista social que pretende dar crédito às suas afirmações através desta afirmação.
Mas, de facto, na passada semana, na crónica televisiva que tem a sua assinatura, o antigo presidente do PSD e também antes jornalista, que começou já depois de eu andar há bastante tempo por aquelas fainas, a afirmação feita, a espécie de garantia que saiu da sua previsão quanto ao resultado das próximas eleições legislativas, em que só faltou garantir que os sociais-democratas sairiam com maior número de votos do que o segundo classificado, foi a de que o PS sairia derrotado e que cairia nas mãos do PSD o encargo de formar Governo. Mas, claro, este sem maioria absoluta.
Posto isto, previsão que eu não desdenho se bem que não despreze a possibilidade de os portugueses virem a deparar com alguma surpresa por parte da Esquerda, o que parece vir a ser um panorama para que todos devemos estar preparados é o de, perante as dificuldades de governação que surgirão face aos resultados que venham a ser obtidos, não ser possível dar andamento aos actos governativos que serão essenciais para serem cumpridas as regras mínimas de conduta de quem tem de decidir, sobretudo a ausência de apoio parlamentar, e, nestas circunstâncias, cumprindo-se os prazos previstos na Constituição, serem obrigados os vencedores sem força a depor a batuta e a entregarem ao Presidente da República o encargo de resolver a situação que, como sucedeu já antes, terá mais de uma forma de tentar o equilíbrio político.
Mas não. Eu não faço esta afirmação dando garantias de que nunca me engano e se fui eu que disse, então não há que replicar. Agora, que as próximas eleições vão mudar muito o panorama político que se tem vivido em Portugal, lá isso parece-me que não andarei muito longe da verdade.
No que diz respeito a José Sócrates, o seu período de detentor da certeza absoluta está a terminar e, por certo, o povo deste País não quererá voltar a encontrar alguém minimamente semelhante a esta figura política. E é pena, porque, no fim, quem perde é o Partido Socialista que, apesar das más imagens que tem dado com os elementos ministeriais, por escolha deficiente do seu responsável, a posse da chefia de um Governo nas mãos de vários dos elementos de valor que existem no Rato, constituiria a maneira de evitar os conflitos que se aproximam e de que Portugal necessita não ter de confrontar, sobretudo nesta altura em a tal crise económica, social e financeira que nos apanhou também não podr ser resolvida.
Haja paciência e fé. Que é o que nos tem valido, não digo salvado, mas valido, pois umas rezas e uma idas a pé a Fátima, se não resolvem os problemas, pelo menos disfarçam-nos.

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