sábado, 6 de junho de 2009

VOTEMOS EUROPA



Pois é já amanhã que o primeiro passo, no conjunto de eleições que foram programadas em Portugal para este período, é dado. E os votos recolhidos destinam-se a escolher os representantes nacionais para estarem presentes no Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Isto já é conhecido e, portanto, não estou aqui a dar novidade nenhuma.
No que se refere aos resultados, que serão conhecidos, mesmo que não sejam números definitivos em absoluto, no final do dia, essa dúvida pairará nesta altura no espírito de alguma gente, se bem que, pelos alvitres que foram lançados ao longo da campanha eleitoral, tenham bastantes prognosticadores antecipado uma coisa certa e segura: as abstenções atingirão percentagens elevadas.
Não devendo essa obrigação cívica dos cidadãos ser instigada para que as mesas dos votos permaneçam amanhã despidas de interessados, o certo, porém, é que não foi feito muito pelos partidos concorrentes para atrair os simpatizantes por uma causa e evitar que os mesmos fiquem em casa no domingo. É que o importante não era terem ocupado todo o período de propaganda a dizer mal uns dos outros – que é uma atitude que, de princípio democrático terá muito pouco ou mesmo nada -, mas sim ter deixado claro qual iria ser a sua actuação no referido Parlamento, por forma a deixar os participantes na escolha uma ideia quanto ao valor do trabalho que teriam programado, caso fossem escolhidos para serem integrados nas respectivas funções.
Nenhum dos participantes, de uma forma geral, dedicou o seu tempo de campanha a explicar o que era importante, o que talvez queira significar que nem esses concorrentes terão uma ideia muito clara quanto às propostas por que julgam importante lutar.
Pois é. A Democracia é o tal sistema político que se apresenta como o menos mau de todos os que o Homem inventou. E é com isto que todos, por esse mundo fora, têm de conviver. Todos não! Há os que ainda se encontram subjugados por ditaduras ferozes e esses, pobres criaturas, nem terão de criticar as más escolhas, porque ninguém lhes pede a opinião!...
E, quanto mais não seja só por isso, é de extrema importância que todos os cidadãos que, por mais descontentes que se encontrem com os governantes que lhes calharam, devem dar-se ao pequeno incómodo de agradecer a situação democrática que, finalmente, lhes dá esse oportunidade de poder falar claro, de reclamar, de mostrar abertamente o seu desagrado em relação aos executores que se encontrarem no comando. Não se resolve nada daquilo que cada um gostaria de poder usufruir, é verdade, mas só o facto de se poder dizer que se escolheu outra coisa que afinal não ganhou, só isso já vale a pena.
Eu, o tal pessimista, como alguns contentinhos me chamam, penso desta forma. Digo mal agora. Mas durante quarenta anos, nem isso podia fazer. E quando o fiz, fui preso!.-..

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