Já se esperava. Não constituiu qualquer surpresa o elevado número de abstenções que se registou na votação ontem verificada em Portugal, para escolher os representantes no Parlamento Europeu. E, verdade seja dita, essa grande percentagem de não votantes não ocorreu apenas no nosso País, pois verificou-se por todo o Continente, o que quer dizer que os cidadãos europeus não se mostram muito interessados em participar no acompanhamento dos problemas que ocorrem no território a que pertencem ou haverá outros factores que terão interferido no desinteresse verificado. Dizem alguns que a crise mundial que se instalou por toda a parte faz desviar as atenções dos problemas políticos de cada área geográfica e, se for assim, não existe actualmente outra matéria que possa superar a preocupação dos naturais de diferentes países.
Bem, eu não sustento esta tese como única e definitiva, se bem que, sem dúvida, os gravíssimos problemas que absorvem os cidadãos de diferentes nações seja o do desemprego, que se encontra espalhado como tratando-se de uma bactéria que penetra por todos os sítios, e face a essa situação não há eleições que valham para colocá-las como prioritárias em relação a todos os outros casos.
No nosso caso, sendo evidente que qualquer força política que se tenha mantido na governação, não poderia ser beneficiada face à vida dificílima que se enfrenta por cá, tendo a acrescer uma má política seguida pelo Partido Socialista e uma imagem desagradada do primeiro-ministro José Sócrates, não era de aguardar que, nestas eleições europeias em que os resultados não servem senão de uma amostragem do que poderá suceder em Outubro próximo, nas eleições legislativas, o PS viesse a ocupar o lugar de mais escolhido, em comparação com os restantes partidos concorrentes.
Seja quais forem as opiniões que surjam em favor desta ou daquela formação política portuguesa, o grave de tudo isto é que se está a verificar um desinteresse por parte dos europeus em relação a um problema que se está a agudizar e que consiste num afastamento deplorável dos cidadãos pelo futuro de um conjunto de países da Europa que, esse sim, deveria constituir uma preocupação de milhões de habitantes neste Continente e que se vê caminhar com grandes dificuldades, com interesses limitados a questões nacionalistas, em lugar de se ir formando uma união forte em todas as zonas que possam oferecer bem-estar, progresso, fim das misérias, que é o que a Europa tem de enfrentar.
Quando ainda se discutem Tratados, como o de Lisboa, o qual ainda aguarda pela aprovação geral e inequívoca da totalidade dos países membros da União, que são 27, quando os milhões de europeus não se consciencializaram de que 2/3 das leis que ali são discutidas interferem nas actuações dos países participantes, ao arrastarem-se excessivamente passos decisivos que precisam ser dados para tornar a União Europeia naquilo que se espera dela, não se pode estranhar que as abstenções verificadas não eram de todo esperadas.
O PS não saiu colocado no primeiro lugar na contagem dos votos de ontem. O PSD substituiu-o nessa posição. E com mais um representante em Estrasburgo, do que o seu concorrente. Por seu lado, o BE também ultrapassou o CDU, ou seja colocou três representantes, quando contava com um no esquema anterior. O CDS mantém-se, isto é, não constituiu novidade.
Em resumo, tendo a abstenção conseguido cerca de 63%, foi ela a vencedora.
Vamos esperar por Outubro próximo, altura em que as eleições legislativas irão ter lugar. E, nessa altura, há que esperar que os cidadãos, os que estão descontentes com o Governo e os que o apoiam, não deixem de comparecer perante as urnas e ali irem colocar os seus votos. Porque aí é que se decide quem vai ocupar o lugar da governação, só ou ac0mpanhado.
Daqui até lá, como parece evidente, José Sócrates terá de fazer o seu profundo exame de consciência, por forma a analisar se deve permanecer com o comportamento que tem mostrado até agora ou se, pelo contrário, dá uma volta completa à forma como surge perante os portugueses e, por outro lado, faz também uma renovação no seu elenco governamental. Se não fizer nem uma coisa nem outra, então bem se pode preparar para uma repetição do que ocorreu ontem. Aqui fica o aviso.
Bem, eu não sustento esta tese como única e definitiva, se bem que, sem dúvida, os gravíssimos problemas que absorvem os cidadãos de diferentes nações seja o do desemprego, que se encontra espalhado como tratando-se de uma bactéria que penetra por todos os sítios, e face a essa situação não há eleições que valham para colocá-las como prioritárias em relação a todos os outros casos.
No nosso caso, sendo evidente que qualquer força política que se tenha mantido na governação, não poderia ser beneficiada face à vida dificílima que se enfrenta por cá, tendo a acrescer uma má política seguida pelo Partido Socialista e uma imagem desagradada do primeiro-ministro José Sócrates, não era de aguardar que, nestas eleições europeias em que os resultados não servem senão de uma amostragem do que poderá suceder em Outubro próximo, nas eleições legislativas, o PS viesse a ocupar o lugar de mais escolhido, em comparação com os restantes partidos concorrentes.
Seja quais forem as opiniões que surjam em favor desta ou daquela formação política portuguesa, o grave de tudo isto é que se está a verificar um desinteresse por parte dos europeus em relação a um problema que se está a agudizar e que consiste num afastamento deplorável dos cidadãos pelo futuro de um conjunto de países da Europa que, esse sim, deveria constituir uma preocupação de milhões de habitantes neste Continente e que se vê caminhar com grandes dificuldades, com interesses limitados a questões nacionalistas, em lugar de se ir formando uma união forte em todas as zonas que possam oferecer bem-estar, progresso, fim das misérias, que é o que a Europa tem de enfrentar.
Quando ainda se discutem Tratados, como o de Lisboa, o qual ainda aguarda pela aprovação geral e inequívoca da totalidade dos países membros da União, que são 27, quando os milhões de europeus não se consciencializaram de que 2/3 das leis que ali são discutidas interferem nas actuações dos países participantes, ao arrastarem-se excessivamente passos decisivos que precisam ser dados para tornar a União Europeia naquilo que se espera dela, não se pode estranhar que as abstenções verificadas não eram de todo esperadas.
O PS não saiu colocado no primeiro lugar na contagem dos votos de ontem. O PSD substituiu-o nessa posição. E com mais um representante em Estrasburgo, do que o seu concorrente. Por seu lado, o BE também ultrapassou o CDU, ou seja colocou três representantes, quando contava com um no esquema anterior. O CDS mantém-se, isto é, não constituiu novidade.
Em resumo, tendo a abstenção conseguido cerca de 63%, foi ela a vencedora.
Vamos esperar por Outubro próximo, altura em que as eleições legislativas irão ter lugar. E, nessa altura, há que esperar que os cidadãos, os que estão descontentes com o Governo e os que o apoiam, não deixem de comparecer perante as urnas e ali irem colocar os seus votos. Porque aí é que se decide quem vai ocupar o lugar da governação, só ou ac0mpanhado.
Daqui até lá, como parece evidente, José Sócrates terá de fazer o seu profundo exame de consciência, por forma a analisar se deve permanecer com o comportamento que tem mostrado até agora ou se, pelo contrário, dá uma volta completa à forma como surge perante os portugueses e, por outro lado, faz também uma renovação no seu elenco governamental. Se não fizer nem uma coisa nem outra, então bem se pode preparar para uma repetição do que ocorreu ontem. Aqui fica o aviso.
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