Velha, velhinha, à minha porta dorme
Envolta em trapos, num volume enorme
Guarda em seus sacos relíquias, saudades
Lembranças boas, também de maldades
Já viveu melhor, talvez confortável
A vida traiu-a, não foi afável
Teve a sua casa, mesmo que alugada
Perdeu o que tinha, ficou sem nada
Agora a pobre anda pelas escadas
De dia, os jardins são o seu conforto
Depara às vezes com portas fechadas
Um saco, porém, não perde de vista
São cartas, senhores, pequenos nadas
D’alguém que deixou p’ra trás uma pista
Envolta em trapos, num volume enorme
Guarda em seus sacos relíquias, saudades
Lembranças boas, também de maldades
Já viveu melhor, talvez confortável
A vida traiu-a, não foi afável
Teve a sua casa, mesmo que alugada
Perdeu o que tinha, ficou sem nada
Agora a pobre anda pelas escadas
De dia, os jardins são o seu conforto
Depara às vezes com portas fechadas
Um saco, porém, não perde de vista
São cartas, senhores, pequenos nadas
D’alguém que deixou p’ra trás uma pista
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