
Tenho evitado trazer para o meu blogue o grande confronto directo que se verifica há já quase 20 dias entre Israel e o Hamas, e digo directo porque o desentendimento e a agressividade já existem há longo tempo. É que, para quem se encontra distante do conflito e só tem ideia das consequências através dos relatos que chegam das partes, mais do lado israelita do que do Hamas, que este, não sendo propriamente um País mas um grupo faccioso que não tem a menor intensão de se responsabilizar por o que quer que seja e, por isso, não quer chegar a um qualquer acordo, para o mundo que observa os acontecimentos e está de mãos atadas para pôr termo a tamanha calamidade de mortes de civis, este arrastar de lançamentos de rockets, por um lado e de bombardeamentos, por outro, não acabará senão quando já não existir mais gente para morrer.
Mas eu vou-me permitir pôr, cada um por sua vez, no lugar dos dois contendores.
Mas eu vou-me permitir pôr, cada um por sua vez, no lugar dos dois contendores.
Quanto a Israel, que começou por ser o primeiro a sofrer os efeitos das bombas que lhe iam caindo em cima, vindas da Faixa de Gaza, não havendo forma de pedir auxílio diplomático por forma a fazer compreender que essa atitude teria de encaminhar para uma retaliação violenta da parte judia, a única solução parecia ser a de contestar da forma que um País tem para terminar com a atitude de um vizinho, ainda por cima sob a forma oculta de grupo faccioso, e essa maneira era a de, com os meios técnicos de que dispõe e tomando conhecimento de que a outra parte não se preocupa em ter as sedes dos seus armamentos junto das populações civis, tentar destruir esses pontos onde se situavam as armas rocketeiras. Mesmo sabendo-se que a contestação iria atingir crianças, gente civil e cidadãos que só desejam viver em paz.
Colocando-me, porém, do lado hamaista, com o ódio que me ia na alma contra uma Nação que eu não considero merecedora de existir, revoltado por saber que há judeus por todo o mundo e que se auxiliam uns aos outros, tendo eu, muçulmano, apenas como objectivo escorraçar para o Mediterrâneo aquela gentinha que, ainda por cima, vive melhor do que se passa comigo, é incomparavelmente mais culta, é possuidora de um pequeno território que, comparativamente com a área ocupada pelo povo árabe nem tem expressão, estando desse lado e sabendo que a minha religião me apoia em tal posição de menosprezo pelos israelitas e que, qualquer acto suicida que pratique será recompensado pelo Além, com a deliciosa companhia de virgens disponíveis a fazer-me feliz, na posse deste princípio quero lá saber do que o mundo ache ou deixe de achar e, mais a mais, tendo do meu lado a maioria dos magnates do petróleo a poder exercer o seu poder sobre os que não concordem com a minha atitude, sendo assim não contem comigo para baixar os braços e declarar-me vencido pelos meus adversários.
Eis-me, pois, a fazer aquilo que, muitas vezes, é a melhor maneira de julgarmos uma situação. Pormo-nos a fazer o papel de cada um dos adversários.
Agora, àparte esta posição que tomei de Pilatos, tendo-me posto de fora, por mim próprio adianto uma opinião: é a de que o Hamas, quando se vir completamente perdido, com os túneis todos inutilizados de onde recebe os auxílios do exterior, sobretudo o material bélico, então nesse momento, que deve estar aí a chegar, anuncia que estará disponível para chegar a um consenso. E com isso quer dar mostras de que não será por sua culpa que continuarão as mortes de civis. Entretanto, nesse período, volta a juntar forças e recomeçará na primeira ocasião.
Colocando-me, porém, do lado hamaista, com o ódio que me ia na alma contra uma Nação que eu não considero merecedora de existir, revoltado por saber que há judeus por todo o mundo e que se auxiliam uns aos outros, tendo eu, muçulmano, apenas como objectivo escorraçar para o Mediterrâneo aquela gentinha que, ainda por cima, vive melhor do que se passa comigo, é incomparavelmente mais culta, é possuidora de um pequeno território que, comparativamente com a área ocupada pelo povo árabe nem tem expressão, estando desse lado e sabendo que a minha religião me apoia em tal posição de menosprezo pelos israelitas e que, qualquer acto suicida que pratique será recompensado pelo Além, com a deliciosa companhia de virgens disponíveis a fazer-me feliz, na posse deste princípio quero lá saber do que o mundo ache ou deixe de achar e, mais a mais, tendo do meu lado a maioria dos magnates do petróleo a poder exercer o seu poder sobre os que não concordem com a minha atitude, sendo assim não contem comigo para baixar os braços e declarar-me vencido pelos meus adversários.
Eis-me, pois, a fazer aquilo que, muitas vezes, é a melhor maneira de julgarmos uma situação. Pormo-nos a fazer o papel de cada um dos adversários.
Agora, àparte esta posição que tomei de Pilatos, tendo-me posto de fora, por mim próprio adianto uma opinião: é a de que o Hamas, quando se vir completamente perdido, com os túneis todos inutilizados de onde recebe os auxílios do exterior, sobretudo o material bélico, então nesse momento, que deve estar aí a chegar, anuncia que estará disponível para chegar a um consenso. E com isso quer dar mostras de que não será por sua culpa que continuarão as mortes de civis. Entretanto, nesse período, volta a juntar forças e recomeçará na primeira ocasião.
Isto digo eu e não sou bruxo!
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