
Mas, tendo de terminar definitivamente a expressão que por cá se vai usando “de Espanha, nem bom vento nem bom casamento”, o bom senso acabará por fazer realizar a conveniência para os dois Países de unir forças e lutar contra as adversidades que as crises e as dificuldades de várias espécies criam.
A decisão tomada agora de os serviços de saúde espanhóis, situados na raia da fronteira connosco, passarem a atender os doentes portugueses que também residam nessas zonas, tal passo é de um significado transcendental. Já nascem do outro lado bébés portugueses que mantêm a nossa nacionalidade, assim como a assistência médica a doentes em estado crítico e a tratamentos oncológicos estão a ser realizados de comum acordo. Do mesmo modo, Elvas disponibiliza TAC’s aos vizinhos do outro lado e já dá formação a cerca de 60 médicos e 60 enfermeiros espanhóis.
É por isso que o acordo acabado de firmar para que os dois países ibéricos se candidatem conjuntamente à organização do Mundial de futebol em 2018, para além de dar que fazer aos estádios espalhados pelo nosso País e que não têm constituído rentabilidade aos milhões de euros que custaram, para lá desse passo mostra o mesmo acordo como o mais natural entre nós é que sejamos capazes de partir para iniciativas que constituam a junção de esforços e nos deixemos todos de preconceitos aljubarrotistas que, nos tempos que correm, só servem para nos manter afastados do resto da Europa e de eliminar, de uma vez, a barreira multi-secular dos Pirinéus.
Não vai ser assim tão fácil convencer os velhos do Restelo de que não vale a pena andarmos armados toda a vida em “padeiras de Aljubarrota”. O que é preciso é que fabriquemos o pão e, sobretudo, que o saibamos vender lá fora...
Sem comentários:
Enviar um comentário