quarta-feira, 8 de outubro de 2008

NOTÍCIAS




Isto de os jornais, diários ou não diários, lançarem as notícias sem primeiro irem investigar se há verdade naquilo que escrevem ou se é apenas uma suposição, este mal que a rapaziada jornalística dos nossos dias já adquiriu - o vício do menor esforço -, coisa que no tempo em que eu comecei em tão nobre profissão poderia causar o despedimento imediato (se bem que também existisse a censura que não deixava informar, até as verdades), essa forma de trabalhar pode provocar com frequência que os bem intencionados, como eu ainda sou, peguem numa dessas “bombas” e a difundam nos meios disponíveis.
Foi o que aconteceu comigo, no blogue em que afirmei que os militares não tinham dinheiro para os ordenados e nem também para os subsídios. É mentira! O ministério da Defesa veio garantir que “os vencimentos nunca estiveram em causa” e que esses estão garantidos até ao final do ano. O “Correio da Manhã” enganou-se. E emendou depois o erro. Só isto!...
Já outra notícia, essa, infelizmente, está confirmada. É a de que o mercado perdeu dez mil milhões de euros num só dia e que a 2.ª feira passada foi uma data negra na história da Bolsa. Quem joga ali sabe que é verdade e que as quedas nas cotações das acções foram catastróficas. Tudo, por causa da malvada crise que, segundo uns, é a machada fatal no sistema capitalista, se bem que isso não signifique que o outro, o marxista-leninista, se venha a implantar. Ambos já mostraram que o ser humano não se dá bem com nenhuma forma de ganhar dinheiro sem ser através do seu trabalho e das acções puras, libertas de invejas, de ganâncias, de falcatruas. E há algum sistema que se exclua deste mal que o Homem traz consigo dos berços e não hesita em utilizar, porque o dinheiro é tão bonito… tão bonito o maganão?
Afinal, toda a gente sabe que os bancos de todo o mundo – e os nossos não estão excluídos, antes pelo contrário – ao quererem ganhar fortunas com os empréstimos, sem cuidar das garantias, porque quanto maiores fossem os valores, mais percentagem nos juros recebiam, exageraram de tal forma esse negócio, até com uma publicidade gulosa que entusiasmava os clientes, tendo acabado por criar uma montanha de cobranças incobráveis, e, em cadeia, as desvalorizações dos preços das casas, as perdas das mesmas pelos quase proprietários, e, há males que vêm por bem, o aparecimento agora de andares para arrendar, que era o que nunca deveria ter desaparecido. Isto acontece por cá, mas nos outros países situações de outras ordens também causam dissabores aos cidadãos respectivos.
Vá lá, que a corrida aos bancos para levantar os depósitos se conseguiu evitar e é natural que, em Portugal, isso não venha a suceder, mas que o mal ainda está em princípios de procissão, acerca desse perigo ninguém pode armar-se em adivinho e largar pela boca fora, seja nas televisões seja na imprensa, prognósticos sapientes, com ares de que sabem tudo e nunca se equivoca. Sejam eles quem forem!

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