A dívida é uma situação natural que se vive no nosso País. Já lá vão muito longe os tempos em que chegar-se a uma posição de devedor e não poder liquidar os seus compromissos levava os faltosos a atitudes extremas, incluindo o suicídio. Eram épocas em que um aperto de mão representava uma escritura. Selar uma promessa com a garantia dada de boca, constituía um juramento cujo significado da expressão não tem, nem de longe nem de perto, nada que se possa agora comparar com o significado de então.
Dá para perguntar se a forma de vida dessa época constituía uma maior tranquilidade, em que só se gastava o que se podia e nunca se ultrapassava o que a carteira dava como folga; ou se, como hoje acontece, o essencial é fazer a vontade aos desejos, mesmo que os mesmos se sobreponham à possibilidde do seu pagamento.
São as condições criadas pelas instituições de crédito, as ofertas largamente publicitadas do “compra agora e paga depois”, as tentações provocadas pela ânsia de comercialização, é tudo isso que está na origem da mudança que ocorreu desde os tempos da vergonha em dever e do depois se vê como se resolve a dívida.
Aliás, o exemplo vem de cima. O Estado é o primeiro a não pagar dentro dos prazos e a não evidenciar vergonha por ter contas pendentes. São inúmeras as empresas que estão “penduradas” com contas por saldar pelo sector oficial e nunca surge, por parte dos responsáveis pelo sectores caloteiros, uma explicação ou, no mínimo, alguma documentação que permita aos credores, quantas vezes em sérias dificuldades, recorrer a um apoio estranho, com garantia e que o culpado principal não vai deixar de cumprir as suas obrigações… mesmo tarde.
Pois neste País em que estamos e de que temos de ser cidadãos obedientes das instâncias governativas, são essas as que dão o exemplo de que pagar com atraso não é falta de maior. Câmaras municipais, que mudam de primeiros responsáveis com certa frequência, até por esse motivo criam compromissos para deixar uma boa imagem junto do eleitorado, dado que o que se segue que resolva as situações conforme puder, essas são as entidades públicas que maior número de credores acumulam. O caso, ainda na memória de todos, do Município alfacinha se ter visto obrigado a contrair um empréstimo de muitos milhões de euros para evitar que algumas empresas de construção caíssem na falência, esse triste exemplo, que nem foi fácil de resolver por discordância das oposições na Assembleia Municipal, demonstra como isso de dever é já uma situação normal no nosso País.
Esta agora do Estado dever 19 anos de trabalho aos enfermeiros, por não pagar horas extraordinárias há imenso tempo a esses profissionais da referida área nos hospitais públicos, daria para rir se não se tratasse de um drama para muitos das vítimas da impunidade oficial em cumprir os seus deveres sofrem.
Por mim, nem faço comentários.
Dá para perguntar se a forma de vida dessa época constituía uma maior tranquilidade, em que só se gastava o que se podia e nunca se ultrapassava o que a carteira dava como folga; ou se, como hoje acontece, o essencial é fazer a vontade aos desejos, mesmo que os mesmos se sobreponham à possibilidde do seu pagamento.
São as condições criadas pelas instituições de crédito, as ofertas largamente publicitadas do “compra agora e paga depois”, as tentações provocadas pela ânsia de comercialização, é tudo isso que está na origem da mudança que ocorreu desde os tempos da vergonha em dever e do depois se vê como se resolve a dívida.
Aliás, o exemplo vem de cima. O Estado é o primeiro a não pagar dentro dos prazos e a não evidenciar vergonha por ter contas pendentes. São inúmeras as empresas que estão “penduradas” com contas por saldar pelo sector oficial e nunca surge, por parte dos responsáveis pelo sectores caloteiros, uma explicação ou, no mínimo, alguma documentação que permita aos credores, quantas vezes em sérias dificuldades, recorrer a um apoio estranho, com garantia e que o culpado principal não vai deixar de cumprir as suas obrigações… mesmo tarde.
Pois neste País em que estamos e de que temos de ser cidadãos obedientes das instâncias governativas, são essas as que dão o exemplo de que pagar com atraso não é falta de maior. Câmaras municipais, que mudam de primeiros responsáveis com certa frequência, até por esse motivo criam compromissos para deixar uma boa imagem junto do eleitorado, dado que o que se segue que resolva as situações conforme puder, essas são as entidades públicas que maior número de credores acumulam. O caso, ainda na memória de todos, do Município alfacinha se ter visto obrigado a contrair um empréstimo de muitos milhões de euros para evitar que algumas empresas de construção caíssem na falência, esse triste exemplo, que nem foi fácil de resolver por discordância das oposições na Assembleia Municipal, demonstra como isso de dever é já uma situação normal no nosso País.
Esta agora do Estado dever 19 anos de trabalho aos enfermeiros, por não pagar horas extraordinárias há imenso tempo a esses profissionais da referida área nos hospitais públicos, daria para rir se não se tratasse de um drama para muitos das vítimas da impunidade oficial em cumprir os seus deveres sofrem.
Por mim, nem faço comentários.
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