sábado, 19 de abril de 2008

SE NÃO O FIZ ATÉ HOJE...


Eu não tenho dúvidas. Sou, de facto, um neófito nisto dos blogues. E já consegui perceber que há uma lista dos blogues mais lidos, começando pelos 25 e aumentando em duas versões seguintes. Claro que lá fui bisbilhotar, estranhando como existem algumas mensagens que contam já com mais de um milhão de visitantes, sendo inúmeros os que recebem muitas centenas de milhar de gente interessada em ler o que lá está. Nem podia acreditar se não visse essa realidade. E, para além disso, os detentores de tais blogues não estão identificados pelos nomes por que poderiam ser analisados. Como é a maioria que assim procede, seguramente que existem razões para os "bloguistas" se esconderem por trás de títulos verdadeiramente plenos de imaginação. Já me divulgarem alguns blogues que pertencem a pessoas mais ou menos conhecidas, desde políticos e comentadores de televisão e a outra espécie de gente cujos nomes andam mais ou menos na boca dos que sabem dessas coisas.
Mas eu repito aquilo que já demonstrei ser a minha posição: quem não deve não teme e eu não me escondo para demonstrar aquilo que penso e, por isso, sujeitar-se a que haja muita figura que esteja em desacordo com aquilo que escancaro nestas linhas.
Sempre fiz assim e, como jornalista e autor de milhares de crónicas, editoriais e pareceres, nunca hesitei em abrir-me. É o que faço agora.
De igual modo, fiquei deveras surpreendido quando ao chamar ao écran do computador alguns
dos escritos, como os outros anónimos, me surgiu a indicação de que já não estavam activos, que tinham sido supensos. E não foram meia dúzia que prestaram essa informação. Foram inúmeros.
Pergunto agora: então para que é que continuam na lista dos blogues tais desistentes?
Aqui está: digo o que penso e não escondo a minha frustração perante o que a cidadania (porque não são ou três que assim se comportam) nos deixa contemplar. O meu blogue não apresenta comentários. Provavelmente é por ter o meu nome e não espreitar por detrás do biombo. Tenho uns livros prontos à espera de oportunidade de verem a luz do dia. Não se tratam de carolinices, nem de biografias a contar acontecimentos passados com outros, se bem que, na profissão que abracei, tenha para divulgar situações que muito divertiriam grande número de eventuais leitores. Mas entendo que não devo proceder dessa maneira. Basta-me o enjoo de assistir a comportamentos de variadíssimos ditos importantes, na política e não só, que hoje anunciam uma forma de pensar e que contam com o esquecimento das populações para poderem descaradamente apresentar-se como se se tratassem de outros indivíduos. O que é preciso é descaramento e é com essa característica que conseguem flutuar por aí muitos que, se metessem a mão na consciência, esconder-se-iam nas profundezas do anonimato. Serã alguns deles autores dos tais blogues com pseudónimo?
Basta por hoje. Fico-me por este desabafo. E não vale a pena, os que se poderão sentir atingidos por aquilo que sabem que eu sei , temerem, que eu mude de forma de comportamento. Se não o fiz até hoje, não será agora que darei largas ao meu desencanto com o ser humano. Com grande parte dele.

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